O importante papel da fisioterapia dentro de grandes hospitais
Fisioterapeutas explicam a importância da atuação no HSF |
É bastante comum que a atividade
fisioterapêutica seja associada a questões motoras, como lesões, fraturas,
reabilitações físicas em geral. O que poucos sabem é que a fisioterapia está presente
em praticamente todos os setores de um hospital. Aliás, a atuação deles é
obrigatória em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), por exemplo, realizando
ventilação mecânica, prevenção de doenças circulatórias, dentre outros
cuidados.
De acordo com a supervisora da equipe de fisioterapia do Hospital São
Francisco, Jenifer Vilela Melo, pode-se dizer que a fisioterapia pode trabalhar
em qualquer tipo de patologia, desde uma doença neurológica, ortopédica e até
mesmo respiratória. “Temos um campo vasto de atuação, tanto que quando você vai
se especializar em algo na fisioterapia, há muitas especializações, até na área
dermatológica”, diz.
Com uma equipe completa de fisioterapia,
composta por 14 profissionais bastante experientes, e uma infraestrutura com o
que existe de mais moderno na área, o Hospital São Francisco (HSF), localizado
em Cotia, sabe bem a diferença que esse tipo de atividade faz no cuidado
humano. Tanto que a unidade conta com atendimento fisioterapêutico adulto,
pediátrico e neonatal, com assistência 24 horas. Além disso, há também um
ambulatório especializado.
“A prevenção é muito forte aqui dentro. Dividimos
em prevenção e reabilitação. Pacientes que fazem algumas cirurgias a gente
trabalha com a prevenção de trombose, de pneumonia, retirada precoce do leito.
Trabalhamos muito em conjunto com a equipe médica e de enfermagem, focando
sempre em tirar o paciente o mais rápido possível da cama. E na parte de
reabilitação, o paciente que teve alguma fratura, precisou ficar engessado por
um tempo, fez uma cirurgia maior, perde alguma função, a gente trabalha para
devolver a função pra esse paciente”, esclarece Jenifer.
O Hospital faz uso dos protocolos de trombose
venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar (TEP), que podem ocorrer em
alguns pacientes caso fiquem muito tempo acamados. Isso exige procedimentos
como a deambulação, que consiste em andar com o paciente no corredor após uma
cirurgia. Esse trabalho de prevenção é multidisciplinar, portanto, é
acompanhado por profissionais de diferentes áreas.
Para atuar em hospitais, o fisioterapeuta
precisa ter, obrigatoriamente, uma pós-graduação. “A diferença também está aí:
o fisioterapeuta se forma na faculdade e pode trabalhar em uma clínica, mas ele
não pode trabalhar em um hospital, precisa ter uma formação específica. Todos
os profissionais que trabalham no São Francisco têm esse título de
especialistas em alguma área específica da fisioterapia”, ressalta Jenifer.
Assistência pediátrica
O atendimento fisioterapêutico também tem um
papel importante na área pediátrica do São Francisco, como na UTI neonatal. De
acordo com a especialista, o trabalho é feito em grande parceria com os pais.
Elen Fusco, fisioterapeuta da pediatria,
explica que, com relação às crianças, as orientações são mais posicionais, para
evitar broncoaspiração e outros riscos. “As crianças que têm uma sequela neurológica, orientamos com relação a
posicionamento, uso de órteses, até orientações para casos de imobilizar as
perninhas da criança, colocar sentadinha na cadeira também”, detalha.
A atenção com as questões respiratórias dos
bebês, especialmente os prematuros, é ainda mais rígida. A parte motora é outro
ponto a ser destacado. “A gente posiciona o bebê de forma que ele fique mais ou
menos na posição em que estaria no útero para acalmá-lo e já começa a trabalhar
o desenvolvimento motor dessa criança para não ter um atraso”, diz Elen. As
mães também ganham total dedicação, recebendo da equipe auxílio quanto a melhor
posição para amamentação, postura, uso correto da poltrona, exercícios para
ativar a circulação etc.
“Se o bebê nasce prematuro, alguma função dele
vai estar comprometida. Para evitar ocorrerem atrasos no desenvolvimento dessa
criança fazemos estímulos do sistema vestibular, movimentações de balança e
outros. Fazemos esse trabalho desde o momento em que a pessoa nasce até a
velhice”, menciona Elen, já que o acompanhamento se estende – e é ainda mais
criterioso - aos idosos.
Atendimento ambulatorial é um diferencial
Outro importante diferencial do Hospital São
Francisco está no atendimento ambulatorial em fisioterapia. Mais do que cômodo,
o serviço permite um melhor acompanhamento do paciente, especialmente aqueles
que passaram por cirurgias.
“O São Francisco tem esse
diferencial: o paciente vai embora, mas pode retornar e continuar fazendo
fisioterapia aqui dentro. Como está no Hospital, o profissional do ambulatório tem
acesso ao prontuário, ao médico, se tiver alguma dúvida pode perguntar. É
bacana isso porque o paciente tem a continuidade do tratamento”, reforça
Jenifer.
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